terça-feira, 27 de dezembro de 2011

APÓSTOLO PAULO ou RABINO SHAUL?

Em meu tempo de adolescente sempre ouvia meus tios (presbíteros de igrejas pentecostais) dizendo que o apóstolo Paulo pregava para os gentios que a LEI foi abolida por Yeshua (na época o conhecia pelo nome de Jesus). Eles sempre usavam o livro de Gálatas para reforçar que Paulo era contra a Lei.
O que eu nunca compreendia. A pergunta que me fazia era: Por que ele, sendo judeu, pregava contra a LEI?
Aí estava a grande confusão armada. 
Uma questão inicial que me foi passada anos mais tarde e que muitos não se apegam é que a Bíblia tem muitas traduções erradas de versículos manipulados por homens antissemitas; outra questão é que os Gálatas nunca foram judeus!!!! Sendo assim, Paulo (SHAUL) pregava contra os legalistas, judeus que queriam obrigar os gentios convertidos a cumprir toda a lei, e não contra os judeus verdadeiros, aqueles entendidos de que bastasse ao gentio guardar as leis universais, ou seja, as leis noéticas, citadas em Atos 15, no Concílio de Jerusalém. Evidente nem precisar citar que primeiro de tudo eles deveriam crer em Yeshua e se arrepender de seus pecados, assim já teriam direito ao mundo vindouro, sendo aos olhos do Eterno, homens justos (reforçando aos maus entendedores que a questão de guardar  os preceitos é para manter a salvação e  não conquistá-la).

Veja SHAUL no contexto judaico: Circuncidou Timóteo, pois de acordo com o judaísmo, filho de mãe judia é  judeu, mas como o pai de Timóteo era grego, não permitiu que sua mãe o circuncidasse. Sendo assim, o próprio rabino Shaul o circuncidou (Atos 16-3); Shaul guardava  o sábado (Atos 16-13), ele guardava as Festas Bíblicas Judaicas (Atos18-21); fez o voto de nazireu (Atos 18-18); defendia a circuncisão desde que aplicada da forma correta (Romanos 3:1 e 2); declarava a todas as pessoas que era judeu praticante de toda a Torah (Atos 24-14). Assim, não dá para enxergar Shaul (Paulo) como não sendo um judeu cumpridor da Lei. Sendo este ensinado por seu professor Gamalieu, como não cumpria a TORAH??? Uma verdade que está nos olhos de quem procura uma leitura correta das escrituras sagradas!
Outro fato interessante é que em muitas igrejas pregam que "Paulo" era um soldado romano, o que não é real. Ele era nascido de pais judeus, fabricante de tendas (Atos18-3), mas cidadão romano porque nasceu em Tarso (Atos 22-3 e 28).
Devemos entender porém, que Shaul nunca pregou contra a TORAH, ele falava de um legalismo praticado pelos fariseus, os mesmos que, eram mais políticos do que judeus realmente. Ser circuncidado na carne não quer dizer que você é circuncidado no coração (
exemplo de Ismael, filho de Abrãao, que era circuncidado e não tinha aliança com D'us) e ser circuncidado só no coração, para um judeu é o mesmo que não ter aliança com o seu D'us. 
Quando Shaul falava aos gálatas que era errado a circuncisão, era tão somente porque estes a estavam praticando para fugir da perseguição, pois os mesmos eram gentios convertidos ao D'us de Israel e tinham o testemundo de Yeshua (VIDE APOSTILA DO SEMINÁRIO SEESBI - HISTÓRIA DOS SEGUIDORES DO MASHIACH - Pofessora Dálcia Freitas). Como sabemos, a circuncisão não era, nem é, obrigatória para gentios, apenas para o povo judeu. Desta forma, os Gálatas poderiam sim, servir a D'us tendo o testemunho de Yeshua e não serem circuncidados, mas estes queriam ser mais "judeus" que os próprios judeus, achando que a circuncisão seria para eles uma forma de "fuga" e de "herança".
Lembramos que, para os gentios serem povo do Eterno D'us de Israel e servos de Yeshua Ha Mashiach, não precisam ser circuncidados, pois a salvação se extendeu às nações depois do sacrifício de Yeshua. Era tão somente isso que SHAUL (ou Paulo) pregava aos gálatas (gentios).
O que também é muito impotante compreender é o fato de que hoje, nem Yeshua (Jesus) e nem Shaul (Paulo) são vistos como a Bíblia mostra realmente. Como você consegue compreender uma cultura judaica fora dela?
Tente enxergar Yeshua e Shaul como judeus cumpridores da TORAH, assim a verdade se manifestará em sua vida.



DICA: Comece lendo uma Bíblia com traduções um pouco mais próximas dos originais, como a BÍBLIA JUDAICA COMPLETA de DAVID STERM. Vale a pena!!!!


SHALOM A TODOS!!!

Onde encontrar as citações destacadas neste texto:
Apostila da Pofessora Dálcia Freitas - HISTÓRIA DOS SEGUIDORES DO MASHIACH  e Bíblia Judaica Completa de David Sterm - http://www.judaismomessianicobrasil.com.br/departamento.html

Tatiana Lima.

domingo, 27 de novembro de 2011

VOCÊ QUER CONHECER A VERDADE? Leia este texto!

Todas as religiões levam a D’us?
A resposta é simples. Não.
Através da palavra do próprio criador de todas as coisas, podemos provar que a religião verdadeira é aquela que ELE mesmo estipulou.
           
            Em Bereshit (Gênesis) conhecemos a história de Abraão. O homem que foi chamado pelo Eterno para sair da Babilônia e iniciar a religião monoteísta estipulada por D’us. Abraão foi o homem chamado e separado pelo Eterno para fundar a religião monoteísta longe da Babilônia.
            Em sua época a Terra encheu-se de “hamás” (violência). O maligno conseguiu transferir para os homens daquele tempo todo o sentimento de violência e roubo que era dele. Havia uma comunicação ativa do maligno com o ser humano.
             
            Mas, o que é a BABILÔNIA?

            Quando o homem (Adão) peca diante do Eterno, perde o título de ELOHIM da Terra, pois ele era como um ELOHIM no Édem (Gênesis 1 – 26: E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra”). Com isso há a necessidade de um resgate, e o Eterno dá a promessa de um MASHIACH (Yeshua) que viria e seria o Elohim que Adão não mais poderia ser. Assim, Há Satã elabora um plano, de fazer do homem um elohim na Terra, mas que na verdade, seja ele, o adorado como tal. A sua vontade é que ele mesmo seja o “deus” desta Terra e para isso ele precisa de homens que desejam ser “deuses”, através destes, ele cria uma mitologia; através desta mitologia cria costumes; através destes costumes traz adoração a ele próprio.
            Ao contrário desta proposta satânica, D’us propõe ao homem ser apenas servo. Adoradores do D’us único e servos do Mashiach Yeshua, o único SENHOR verdadeiro desta Terra.
            O inimigo acha um homem que deseja ser um ELOHIM, e também deseja criar um governo único, uma religião única e ter o poder de um deus nesta Terra, Ninrode. O mentor da Torre de Babel.
            Enquanto o Eterno separa Abraão para fundar a única religião estipulada por Ele, Ninrode é separado por Há Satã para fundar a religião babilônica, a CONFUSÃO, a GRANDE MERETRIZ. Assim, o Eterno viu que não seria bom o homem mal, guiado pelo maligno, unir todas as pessoas, e destrói a Torre de Babel.
            Em Apocalipse 17 – 5, diz: E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”. Aqui vemos a Babilônia, a religião apóstata, a religião mentirosa, a confusão. Uma religião contrária ao povo do Eterno, contrária àquela estipulada pelo Todo Poderoso.
            Ainda em Apocalipse, no capítulo 18, verso 2: E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande babilônia, e se tornou morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e odiável.”  Mais uma vez há a citação da Babilônia e a condenação dela nos últimos dias.
            E segue o versículo 4, dizendo: E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.”  Quando a citação menciona que o povo de D’us deve sair dela é entendido que haverá povo do Eterno, povo escolhido, dentro dela.
            È importante entender que a Babilônia, sendo descrita como a grande meretriz, é sedutora, enganadora, adoradora de vários deuses falsos e assim, seduz o povo do Eterno que pensa estar adorando o D’us verdadeiro, quando na verdade, adora vários deuses (servindo ao maligno).
            Entendemos assim que, para o Eterno, não existe religião católica, religião evangélica ou qualquer outra religião, apenas o judaísmo (religião estipulada por Ele próprio) e a Babilônia (paganismo, estipulada por Ninrode, movido pelo inimigo de nossas almas).
           
            Como surgiu o paganismo da Babilônia e o que isso tem a ver com TRINDADE?
           
            Em Bereshit (Gênesis) 10, versos 8 e 9 vemos: “E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra. E este foi poderoso caçador diante da face do SENHOR; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR.
            A origem da TRINDADE está em Ninrode.
            Havia apenas uma Língua falada naquela época na Babilônia, e Ninrode começou um projeto bem sucedido de formar um governo mundial poderoso. Foi o primeiro homem iludido pelas forças do mal.
            Todos os povos com uma só Língua, um só governo, uma só religião. Este projeto não poderia ser de Ninrode, pois ele é do Mashiach. Somente quando Yeshua voltar é que os homens viverão em união plena e segura no seu reinado diante do Eterno (ver Apocalipse 19, 15).
            Segundo escritos antigos, SHEM (filho primogênito de Noach) mata Ninrode e sua esposa Semírames não querendo perder o poder, espalha que Ninrode não morreu, mas virou o “deus Sol”.
            Os sacerdotes de Ninrode, rapidamente criam um calendário que, incrivelmente, dura até hoje. Um calendário baseado no SOL. Com solstício de inverno, solstício de verão, equinócio de outono e de primavera. Esse calendário é adotado por Júlio César e mais tarde atualizado pelo Papa Gragório, permanecendo até hoje para todas as nações da Terra. Um calendário religioso, baseado numa religião de adoração a Ninrode, que morrendo se transforma no “deus Sol”.
            Semírames tem um filho chamado Tamuz. Este nasce no solstício de inverno, aproximadamente em 25 de dezembro, e é estabelecido então como uma “reencarnação” de Ninrode, seu pai. Assim, Ninrode passa a ser o “deus pai”, Semírames passa a ser a “deusa mãe” e, Tamuz, o “deus filho”. Alguma semelhança?            
            Semírames, em arcadiano (idioma falado naquela época na Babilônia) significa “pomba”. Segundo a mitologia, ela foi largada no deserto por uma sacerdotisa e se instituiu “deusa” ASTARTE.
            A adoração a esta deusa se dá no domingo de páscoa (não Pessach, judaica – que não ocorre seguindo este calendário), e, curiosamente em inglês, páscoa é EASTER, que contém a raiz do seu nome.
            O símbolo desta deusa é um pinheiro e, em Deuteronômio 16:21, o Eterno ordena que “NO MEU ALTAR NÃO PLANTARÁS A ÁRVORE DE ASHERÁ” (pinheiro, na tradução correta). Assim, Semírames passa a ser a “senhora da Babilônia”, conhecida também como ASTARTE, ASTAROTE, JEZABEL.
            Tudo isso não é mera coincidência, todos sabemos o que isso significa hoje. Domingo, Natal, festas juninas, todas estas festas são adorações pagãs. Todas são adorações a Ninrode, Tamuz e Semírames (a pomba). Entende de onde vem a Trindade agora?
           
            O ETERNO CHAMA: “SAIA DA BABILÔNIA, POVO MEU”.

            Essa religião iniciada em Ninrode pode tomar muitos nomes. A religião baseada no calendário solar que crê numa trindade e cujas “festas bíblicas” são as mesmas festas instituídas pelos sacerdotes de Ninrode, é a Babilônia.
            Se a igreja romana é uma reforma da religião babilônica, a igreja evangélica é fruto de uma reforma da igreja romana. Mantendo os mesmos princípios dessa igreja e dessa fé com fonte essencialmente maligna. “SAIA DELA, POVO MEU”.
            O dia 25 de dezembro nunca foi data do nascimento de Yehsua (Jesus) e sim de Tamuz. O domingo nunca foi estipulado pelo Eterno, e sim pelos adoradores do “deus Sol” (SUNDAY).
            O Eterno só revelou a Abraão a verdadeira religião quando ele se propôs a sair da Babilônia e obedecer ao chamado. Assim, o Eterno chama seu povo a sair também e só revelará suas verdades quando as pessoas saírem de lá, pois dentro desta estrutura maligna não haverá revelação da verdade. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Oráculos e a essência do nosso relacionamento com o Eterno


Rosh Marcos Andrade Abrão - Congregação Judaico Messiânica Adonai Shamah
Recreio dos Bandeirantes - RJ

terça-feira, 1 de novembro de 2011

PALAVRA DO ROSH MARCOS ANDRADE ABRÃO

Os homens que receberam procuração do Eterno para exercerem funções divinas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A Chama Divina e o que aconteceu antes da Criação.

PARASHÁ BERESHIT - 5772 - Rosh Marcos Andrade Abrão
Congregação Judaico- Messiânica Adonai Shamah 
Recreio dos Bandeirantes - RJ


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

MORAL: A única coisa que o mercado não vende!



 Por: The Times – 21 de março de 2009
 
As contínuas revelações sobre pensões e lucros excessivos, salários e bônus para pessoas no topo despertam em nós sentimentos pelo mais antigo dos esportes humanos: a busca de um bode expiatório. Porém elas deveriam nos levar a refletir mais profundamente sobre os valores da nossa cultura como um todo.

Com frequência, nesses últimos meses, eu me vi lembrando de uma das mais dolorosas conversas que já tive. Foi com um dos industriais mais importantes da Grã-Bretanha. Ele tinha levado sua empresa ao sucesso contínuo durante décadas. Quando o conheci ele tinha se aposentado e estava perto do fim da vida.
Quando as pessoas perdem todo o senso de honra e vergonha e não há nada que não façam se puderem sair impunes daquilo, nenhum regulamento pode nos salvar.Não era um homem religioso, mas tinha um profundo senso de moral. Falou sobre os princípios que o tinham guiado nos negócios e sobre o salário que tinha retirado. Não era desprezível, mas era modesto. O que o incomodava era que seu sucessor dava a si mesmo uma retirada dez vezes maior que a dele, enquanto destruía sistematicamente a empresa que ele construíra tão cuidadosamente.

Lembro-me de outra conversa que tive com um bem-sucedido banqueiro de investimentos. Ele contou-me que a primeira coisa que teve de estabelecer foi seu caráter, sua reputação de honestidade e confiabilidade. Sem isso, ele teria sido incapaz de negociar. Hoje em dia, disse ele, os negócios não dependem mais do caráter, mas dos advogados.

Comum a essas histórias é o desaparecimento gradual do conjunto de princípios que atendiam pelo nome de moralidade. Qualquer que seja a sua fonte – religião, consciência, costume ou código – significava que há certas coisas que você não faz porque não são feitas. Você não recompensa a si mesmo quando clientes, acionistas ou empregados estão sofrendo perdas. Você não se paga de maneira desproporcional àquela que paga os outros. Não tira vantagem do seu cargo apenas porque pode. Você é guiado, mesmo que não haja ninguém vendo, por um senso daquilo que é responsável e correto. Sem este código interiorizado de honra e confiança, nenhuma instituição pode ser mantida a longo prazo.

De alguma maneira, entre os anos 1960 e 1980, prevalecia a ideia de que podíamos passar sem o senso moral. Quem precisava daquilo? Nos anos 1960 pensávamos que o Estado cuidaria dos nossos problemas. Nos anos 1980 pensávamos que o mercado o faria. Restrições auto-impostas eram dispensadas como fora de moda e desmancha-prazeres. Ganância era algo bom. O sujeito que tivesse mais brinquedos quando morresse era o vencedor.

O resultado foi que começamos a perder nosso entendimento sobre a distinção vital entre o valor das coisas e seu preço. O exemplo-chave – no coração de todo o colapso financeiro – foi o mercado imobiliário. O valor de uma casa é ser um lar. É um abrigo, um porto seguro, espaço pessoal num mundo impessoal. Para muitos, é onde mantemos um casamento e construímos uma família. É onde o amor encontra sua habitação e seu nome.

A certo ponto no tempo, alguns começaram a pensar em casas não como lares, mas como investimentos de capital. Começaram a emprestar mais e a gastar mais. A construção de sociedades obrigava àquilo.

O preço das casas continuava subindo. Sua atração como investimento cresceu, e portanto o ciclo se auto-alimentava: preços cada vez mais altos, hipotecas ainda maiores, até que os preços das casas e os empréstimos perderam toda a conexão com a renda media e a sustentabilidade. Aqueles que apenas queriam uma casa não tiveram outra escolha exceto entrar no jogo, a um custo e risco muito altos. Os especuladores estavam convencidos de que tinham ficado ricos, mas em termos reais não tinham. O valor dos imóveis não tinha mudado sequer uma vírgula, porque valor não é a mesma coisa que preço.

Aquilo estava destinado a desabar, e quem pensasse a respeito, diria isso. O investidor Warren Buffet há muito chamava as hipotecas de “armas financeiras de destruição em massa” desde 2002. Naquela loucura coletiva, ninguém lhe deu ouvidos.

Após o colapso financeiro muitas perguntas estão sendo feitas. Deveria haver mais controle? Propriedade estatal das instituições financeiras? Chegamos ao final da economia de mercado? São boas perguntas, mas nem chegam perto do cerne da questão.

A economia de mercado tem gerado mais riqueza verdadeira, eliminado mais pobreza e liberado mais criatividade humana que qualquer outro sistema econômico. O problema não é o mercado, mas a ideia de que o mercado por si só é tudo que precisamos.

Os mercados não garantem igualdade, responsabilidade ou integridade. Eles podem maximizar o lucro a curto prazo ao custo da sustentabilidade a longo prazo. Não distribuem as recompensas com justiça. Não garantem a honestidade. Quando se trata de auto-interesse evidente, eles combinam a máxima tentação com a máxima oportunidade. Os mercados precisam de moral, e a moralidade não é feita pelos mercados.

A moralidade é feita por escolas, mídia, costume, tradição, líderes religiosos, modelos de moral e pela influência das pessoas. Porém quando a religião perde sua voz e a mídia idolatra o sucesso, quando certo e errado se tornam relativos e a moralidade é condenada como sendo “arbitrária”, quando as pessoas perdem todo o senso de honra e vergonha e não há nada que não façam se puderem sair impunes daquilo, nenhum regulamento pode nos salvar. As pessoas vencerão os reguladores, como fizeram pela securização, assim ninguém sabia quem devia o quê para quem.

A grande questão é: como aprenderemos a ser morais novamente? Os mercados foram feitos para nos servir; nós não fomos feitos para servir aos mercados. A economia precisa de ética. Os mercados não sobrevivem somente pelas forças de mercado. Eles dependem do respeito pelas pessoas afetadas pelas nossas decisões. Se perdermos isso, perdemos não apenas dinheiro e empregos, mas algo ainda mais significativo: liberdade, confiança e decência, as coisas que têm valor, não um preço.

Retirado: www.chabad.org.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O SIGNIFICADO DE YOM KIPUR


Yom Kipur ou Kippur é um dos dias mais importantes do judaísmo. No calendário hebreu começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com Setembro ou Outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol. Os judeus tradicionalmente observam esse feriado com um período de jejum de 25 horas e reza intensa. (Fonte: Wikipédia)
Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê (Moisés) rezou e, no dia dez do mês hebraico de Tishrei, D'us concedeu pleno perdão ao povo judeu.
Yom Kipur é o Dia da Expiação, sobre o qual declara a Torá: "No décimo dia do sétimo mês afligirás tua alma e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante D'us serás purificado de todos teus pecados."
Esclarecendo a natureza de Yom Kipur, o Rambam escreve: "É o dia de arrependimento para todos, para o indivíduo e para a comunidade; é o tempo do perdão para Israel. Por isso todos são obrigados a se arrepender e a confessar os erros em Yom Kipur."
            A expiação obtida através de Yom Kipur é muito mais elevada que aquela conseguida através do arrependimento, pois neste dia os judeus e D'us são apenas um. O judeu une-se com D'us para revelar um vínculo intocável pelo pecado, sem obstáculos.
            Teshuvá, o retorno do judeu ao bom caminho, não está restrito apenas a Yom Kipur. Há muitas outras épocas que são propícias para que isto ocorra, e na verdade, um judeu pode, e deve, ficar em estado de reflexão, alerta e arrependimento todos os dias do ano.

A obtenção do perdão
Os Rabis afirmam que a pessoa deve primeiro arrepender-se, e então obterá a expiação especial de Yom Kipur (que é infinitamente mais elevada que aquela conseguida apenas pela teshuvá).
Mas como Yom Kipur consegue isto? A expiação não é meramente a remissão da punição pelo pecado; significa também que a alma de um judeu é purificada das máculas causadas pelo pecado. Além disso, não apenas nenhuma impressão das transgressões permanece, como as transgressões são transformadas em méritos.
Que isto possa ser atingido através de teshuvá é compreensível; um judeu sente genuíno remorso pelas falhas cometidas erradicando o prazer que extraiu dos pecados.
Sua alma é então purificada. O próprio pecado deve ser visualizado como uma contribuição ao processo de teshuvá.
Uma transgressão separa a pessoa de D'us. O sentimento de ser afastado de D'us age como um lembrete para o retorno, para estabelecer um vínculo mais intenso com o Criador.
O que é a expiação obtida através de Yom Kipur? Se a expiação significa apenas a remissão da punição, seria compreensível que "o próprio dia" pudesse abolir a punição que de outra forma seria devida pelos pecados de alguém através do ano.
Mas a expiação, como dizemos, significa também a purificação das manchas da alma. Como pode "o próprio dia," sem a força transformadora de teshuvá, atingir este ponto?

Três níveis no vínculo de um judeu com D'us
O pecado afeta o vínculo de um judeu com D'us, e há três diferentes níveis neste vínculo:

1 – O relacionamento estabelecido por um judeu através do cumprimento das mitsvot: a aceitação do jugo celestial por parte do judeu e sua prontidão em seguir as diretivas de D'us estabelecem um vínculo entre ele próprio e D'us.

2 – Uma conexão íntima, mais profunda que a primeira. Como este vínculo transcende aquele forjado pela aquiescência com a vontade de D'us, permanece válido mesmo quando alguém transgride aquela vontade e por causa disso prejudica o primeiro nível do relacionamento, que a teshuvá tem o poder de purificar as manchas na alma, causadas pelo pecado – o que enfraqueceu o nível inferior da conexão.

3 – O vínculo unindo a essência de um judeu com a Essência de D'us. Isto não é restrito a nenhum vínculo, e transcende toda a expressão humana. Ao contrário dos dois anteriores, este relacionamento não pode ser produzido pelo serviço do homem a D'us, mesmo o serviço de teshuvá, pois as ações do homem, não importa quão elevadas, são inerentemente limitadas. Pelo contrário, este é um vínculo intrínseco à alma judaica, que é "uma parte do D'us acima" – e neste nível, o judeu e D'us são completamente um só.

Como este vínculo transcende todos os limites, não pode ser afetado pelas ações do homem. Assim como não pode ser produzido pelo serviço do homem a D'us, da mesma forma não pode ser prejudicado pela omissão do serviço ou através do pecado. Pecados e máculas não podem tocar este nível.

A unidade entre o judeu e D'us 

Em Yom Kipur, este vínculo entre a essência de um judeu e a Essência de D'us revela-se em cada judeu – e por isso todas as manchas em sua alma causadas pelos pecados são automaticamente removidas.
Esta é a diferença entre a expiação de Yom Kipur e aquela de qualquer outra época. Na última, o pecado causa manchas na alma, e por isso a pessoa deve trabalhar ativamente para conseguir a expiação – arrependendo-se, o que produz um relacionamento mais profundo entre o homem e D'us. A maior expiação de Yom Kipur, entretanto, vem com a revelação de um vínculo tão elevado que, em primeiro lugar, nenhuma mancha pode ocorrer.
Este conceito é expresso no serviço de Yom Kipur do Cohen gadol, o Sumo Sacerdote, que representava todo o judaísmo. Um dos momentos mais importantes daquele serviço era sua entrada no Santo dos Santos, sobre o qual a Torá diz: "Nenhum homem deve estar no Ohel Moed quando ele entra para fazer expiação." O Talmud comenta que isto se refere até mesmo aos anjos. Ninguém, homem ou anjo, poderia ficar no Santo dos Santos naquela hora, pois o serviço de Yom Kipur é a revelação da unidade essencial entre os judeus e seu Criador. Apenas o judeu e D'us estão lá – sozinhos.

Revelação da essência do judeu

Tal revelação é possível não apenas no Templo Sagrado, através do Cohen Gadol, mas para todo judeu em suas preces de Yom Kipur. Este é o único dia do ano que tem cinco serviços de prece, correspondendo aos cinco níveis da alma.
Na última prece do serviço, Ne'ilah, o quinto e mais elevado nível da alma é revelado, um nível que é a quintessência da alma. "Ne'ilah" significa "trancar", indicando que naquela hora os judeus estão trancados sozinhos com D'us. A essência de um judeu é mesclada e unida à essência de D'us.
Yom Kipur, então, é um dia no qual não existem fatores externos, quando apenas a essência do judeu espalha seu brilho.
Teshuvá pode erradicar o pecado e as manchas na alma; Yom Kipur transcende inteiramente o conceito de pecado e arrependimento – e por isso traz uma expiação mais elevada que em qualquer outra época.


(Fonte: Chabad)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

ANO NOVO JUDAICO - 5772





POR QUE NÃO HÁ UMA FESTA ANIMADA EM ROSH HASHANÁ?
Por Tzvi Freeman


Pergunta:
Todos se divertem muito celebrando o ano novo. Por que levamos o nosso tão a sério? Para que falar em julgamento? Por que todas as preces? Não podemos apenas festejar?

Resposta:
Se você conhecesse o drama que está se desenrolando, cairia fora da melhor festa para estar lá. Imagine o universo inteiro em rebuliço. Imagine um mega ímpeto de energia criativa, suficiente para abastecer a realidade inteira pelo ano todo. Imagine um sistema carregando parâmetros para toda galáxia, planeta, organismo, célula, proteína, molécula e átomo num período de 48 horas... e você estará começando a entender.
E você? Estará se ajustando a isso, passo a passo.
Veja, o tempo não passa suavemente. Não é como um regato constante, como uma fileira de carros arrumadinhos um atrás do outro. É mais como um pulsar, com cada momento cuidadosa e deliberadamente articulado através de uma alma cósmica que potencializa toda a vida e a existência. Todo ano, aquele pacote de energia volta ao seu estado primitivo do zero. A partir deste ponto ­ a noite de Rosh Hashaná ­ o universo está efetivamente respirando com ajuda de aparelhos. Recebe apenas o líquido que precisa para que não volte totalmente ao nada.
Quando o shofar é tocado no dia seguinte, uma nova vitalidade de ordem mais elevada que a anterior entra no tempo e no espaço. Agora veja isto: o tempo também é uma criação. Portanto o tempo também é renovado. O passado agora existe como consequência do presente ­ como se você tivesse parado no meio do vídeo que estava assistindo e agora continuasse de onde parou. Pelo que você sabem o velho passado pode ter sido um passado muito diferente. Mas você não poderia saber. Tudo que sabe é que este passado foi carregado na fita. E como essa força vital é uma nova força num nível qualitativamente diferente que qualquer outra anterior, este novo passado é realmente novo.
Por que o julgamento? Bem, você não pode simplesmente alimentar o sistema com qualquer coisa. A fonte de energia que estamos discutindo é ilimitada, mas o sistema alvo ­ nossa realidade tem parâmetros discretos. Recarregar sem levar aqueles parâmetros em consideração seria como ligar o seu laptop diretamente na corrente de 22,5 megawatts no prédio da fábrica sobre o Rio Yangtze. E infinitamente pior.
Então vai haver um balanço. Como o seu laptop, os parâmetros do universo físico são colocados no nível inicial. Neste caso isso significa conscientização humana. No que diz respeito só Criador, Seu universo inteiro nada mais é que uma observação humana. Tudo que Ele precisa fazer então, é olhar dentro do estado daquela conscientcia e ajustar o fluxo da corrente de acordo.
Isso é poderoso. Porque você vê que aqueles parâmetros de consciência humana não são determinados pelo sistema. São determinados por nós. Se os abrirmos, eles contêm mais ­ e mais é dado. Ajuste-os então e os conduítes da vida se ajustam junto com eles.
Agora vem a informação vital: o que é amplo e o que é apertado? Isso é um tanto contra-intuitivo. Nas palavras do deão da Academia Celestial (citado no Zohar, um manual codificado para manutenção do sistema), “O grande é pequeno e o pequeno é grande.” Descodificado: Torne-se grande e não poderá conter nada, torne-se pequeno e poderá conter o ilimitado.
É isso que estamos fazendo em Rosh Hashaná. Tornando-nos muito pequenos. Expandindo nossas pequenas mentes até um estado de percepção de que, olhe só, existe algo maior que eu ­ e não apenas elefantes.
E talvez até, ei, eu não fiz este lugar. Nem sequer saberia onde começar. É totalmente não-programável, não-decodificável e incompreensível. E aqui estou eu, apenas outro artefato do sistema observando a si mesmo de dentro dele. Eu poderia ser reescrito ou até deletado totalmente do código a um capricho de Quem Quer Que Esteja Dirigindo Isto. E agora que Quem Quer Que Seja está me pedindo para discutir com Ele os planos para o próximo carregamento.
Num estado de profunda reverência e assombro, o Relançamento encontra seu solo mais fértil.

Fonte: www.chabad.org.br

domingo, 25 de setembro de 2011

QUANDO AS PESSOAS PERDEM A FÉ


Quando as pessoas perdem a fé
Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks 


É definitivamente estranho. Quanto mais altas as conquistas científicas humanas, mais baixo cai a autoestima humana. Posso encontrar apenas uma explicação. Quando as pessoas perdem a fé em D'us, perdem a fé na humanidade também.


Considere os últimos cinco séculos. Primeiro vieram Copérnico, Kepler e Galileu, e nos ensinaram que a terra, nossa habitação, não está no centro do universo. Não é sequer o centro do sistema solar.


Então ficou ainda pior. O sistema solar é apenas uma minúscula parte de uma galáxia com talvez cem bilhões de estrelas. A galáxia é somente uma parte pequena do universo, com cem milhões de outras galáxias. O planeta que certa vez consideramos tão vasto é um mero grão de poeira na superfície do infinito.


Então veio Spinoza e nos disse que o livre arbítrio é uma ilusão. Somos fisicos. Todas as coisas fisicas estão sujeitas a causas naturais. A conexão ente causa e efeito é necessária. Portanto não há liberdade, exceto a consciência da necessidade.


Então veio Marx e nos disse que a mais sagrada das atividades humanas, a religião, foi um instrumento planejado pelos ricos para manter os pobres em seu lugar, dizendo-lhes que seu sofrimento é a vontade de D'us.


Então veio Darwin e disse que não há nada diferente em ser humano, afinal. Não somos a imagem de D'us. Somos primos próximos dos macacos.


Daí veio Freud e disse que nossos instintos mais elevados são na verdade os mais baixos. Há muito tempo os filhos da tribo se juntaram para matar seu pai, o macho alfa, para poderem tomar seu lugar. Por fim eles foram assombrados pela culpa – ele chamou isso de retorno dos reprimidos – e é isso que é a religião. Ele a chamou de neurose obsessiva da humanidade.


Veio então os neo-darwinianos do nosso tempo para nos dizer que somos genes egoístas e tudo aquilo que parece idealismo, virtude e nobreza de caráter está na verdade apenas a um gene de distância de reproduzir-se na próxima geração. “Arranhe um altruísta”, disse Michael Ghiselin, “e veja um hipócrita sangrar.”


Nossa própria existência, dizem eles, é um mero acidente. Nossa evolucão foi ao acaso. A natureza que nos originou é cega. Se tivéssemos de voltar no tempo e reviver o processo evolutivo não há garantia, nem sequer uma probabilidade, de que o Homo sapiens fosse emergir.


Tudo isso estava sendo dito e pensado enquanto os seres humanos estavam realizando aquilo que nenhuma outra forma de vida jamais realizou, o que nenhuma geração anterior de seres humanos sequer pensou ser possível.


Portanto, quanto mais elevada é a nossa conquista científica, mais baixa é a nossa auto-avaliação. Agimos como anjos; nos vemos como vermes. Às vezes você tem de ser muito inteligente de fato para acreditar numa proposição tão tola.


Sim, somos parte da natureza, mas também temos cultura. Sim, nossas ações têm causas, mas também têm propósitos, aqueles que imaginamos livremente e escolhemos livremente fazer acontecer. Sim, a religião nos consola pelo nosso destino, mas também nos impele a acreditar que com a ajuda de D'us podemos mudá-lo. Daí os cristãos, judeus e outros que lutaram para abolir a escravidão naquela época, a pobreza global atualmente.


Sim, somos parte da família darwiniana da vida. Assim disse Cohêlet: “Um homem não tinha preeminência sobre um animal; pois tudo é vaidade.”


Podemos todos nos sentir assim numa tarde chuvosa de quinta-feira. Porém um estado de espírito não é uma verdade.


Nenhum animal pintou uma caverna equivalente ao teto da Capela Sistina. Nenhum animal disse: “Ser ou não ser.” Nenhum animal filosofou dizendo que ele ou ela poderia ser mais que um humano peludo. Nenhum animal jamais foi ateu, pelo que eu saiba. Podemos compartilhar muitos dos nossos genes com os primatas, como fazemos com as moscas das frutas e com o fermento, mas ainda não consigo ver a semelhança familiar.


Chego à conclusão oposta. Enquanto os judeus se preparam para Yom Kipur, o mais sagrado dos dias, quando ficamos perante D'us em julgamento e pedimos perdão a Ele, eu sei que podemos fazer o que nenhuma outra forma de vida pode. Podemos dizer: “Eu errei.” Tudo que vive, age. Somente nós podemos expressar remorso pelos nossos atos. Somente nós podemos tomar a resolução de mudar.


Somos pequenos, mas somos capazes de grandeza, egoístas mas muitas vezes altruístas, pó da terra mas também a imagem de D'us. Quando eu tenho fé em D'us descubro que recupero também a minha fé na humanidade.

Fonte: www.chabad.org.br

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SEESBi - Dons e Ministérios - Professora Dálcia Freitas


O Erro de Nadav e Avihu e Como distinguir uma Religião Falsa de uma verdadeira?


Serviço da Torah - Assim o ETERNO se agrada!!!

Não podemos fazer o culto ao ETERNO do jeito que queremos ou do modo mais cômodo para quem está na igreja. 
Pense: O ETERNO gosta de ser cultuado da maneira que ELE estabeleceu! 
Não permita que os "fins justifiquem os meios", isso é "Maquiavel". 
D'us quer ser adorado da forma correta, não do jeito que você acha certo!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

QUAL O SIGNIFICADO DA ESTRELA DE DAVI ?


Do Holocausto a bandeira de Israel, qual é o significado mais profundo deste símbolo judaico de seis pontas?

Nos tempos atuais, a Estrela de David se tornou um símbolo judaico muito importante. Esta estrela de seis pontas (hexagrama), formada por dois triângulos entrelaçados, é encontrada em mezuzot, menorá, talit, bolsas e kipot. As ambulâncias em Israel tem o sinal da “Estrela Vermelha de David”, e a bandeira de Israel tem uma Estrela azul de David no centro.
Qual é a origem deste símbolo de seis pontas?
Levando-se em conta a longa e difícil história do povo judeu, chegamos a compreensão de que nossa única esperança é confiar em D’us. As seis pontas da Estrela de David simbolizam o controle de D’us sob o universo em todas as seis direções: norte, sul, leste, oeste, em cima e em baixo.
Originalmente, o nome hebraico Magen David significa, literalmente “Proteção de David”, referindo-se poeticamente a D’us. Reconhece que nosso herói militar, o Rei David, não ganhou por seu próprio poder, mas pelo apoio do Todo-poderoso. Ela também é referência na terceira berachá depois da Haftorá lida no Shabat: “Santificado seja você D’us, Proteção de David”.
Várias outras explicações existem por trás da Estrela de David.
Outra explicação é que a estrela de seis pontas recebe forma e substância através de seu centro. A parte interna representa a dimensão espiritual, cercada pelas seis direções universais. (Uma idéia semelhante se aplica ao Shabat, o sétimo dia que dá equilíbrio e perspectiva ao seis dias de semana).
Na Cabalá, os dois triângulos representam as dicotomias inerentes ao homem: bom versus mal, espiritual versus físico, etc. Os dois triângulos também representam a relação recíproca entre D’us e o povo judeu. O triângulo que aponta “para cima” simboliza nossas boas ações que sobem para o céu, e então ativam um fluxo de bondade pelo mundo, simbolizado pelo triângulo que aponta para baixo.
Uma outra teoria mais prática é que durante o período de rebelião de Bar Kochbá (primeiro século), uma nova tecnologia estava sendo desenvolvida para os escudos utilizando a estabilidade inerente ao triângulo. Atrás do escudo havia dois triângulos entrelaçados, formando um padrão hexagonal de ponto de suporte.
Uma sugestão cínica é a de que a Estrela de David é um símbolo apropriado para a disputa interna que aflige freqüentemente a nação judaica: dois triângulos que apontam para direções opostas!A Estrela de David é um triste símbolo do Holocausto, quando os nazistas forçaram os judeus a vestir uma estrela amarela que os identificava. Na realidade judeus foram forçados a vestir distintivos especiais durante a Idade Média, ambas por autoridades muçulmanas e Cristãs, e até em Israel, na época do Império otomano.
Então, mesmo sendo uma estrela azul flutuando orgulhosamente numa bandeira, ou uma estrela de ouro adornando a entrada de uma sinagoga, a Estrela de David permanece como uma lembrança para o povo judeu de que em D’us nós confiamos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PESSOAS PEQUENAS NOS FAZEM PEQUENOS.


                        
   
 Moralidade: A Etiqueta da Alma
 Por Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Dr. Jonathan Sacks
 
Um breve passeio pela Internet revela que há Sociedades para a Proteção dos Animais, pássaros, plantas, crianças, edifícios antigos, lagos alpinos, florestas em New Hampshire e direitos autorais mecânicos. Existe até – e a saúdo como uma causa nobre – uma Sociedade de Proteção do Apóstrofo, dedicada a preservar o uso correto desta marca de pontuacão tão abusada. Insisto portanto na criação de uma Sociedade para a Proteção da Educação. É uma virtude seriamente ameaçada.

Já perdi a conta do número de pessoas visíveis ao público que são pagas, na verdade, para ser rudes. Há o entrevistador que, ao receber uma resposta, diz: “Retira isso”, e a anfitriã de um programa de perguntas e respostas que se revela no título: “Rainha da Maldade”. Há o apresentador no programa de debate moral que se especializa em mandar farpas ridicularizando qualquer um que ouse discordar dele; as estrelas que ganham fama por meio de obscenidade e blasfêmia calculadas; os heróis do futebol que chutam ou praguejam numa fúria coreografada; o jornalista famoso por sua habilidade em depreciar as modelos desse ano; e a supermodel conhecida por atirar excentricidades. A lista é interminável e desalentadora.

Não há muito a dizer sobre ser rude. Houve um tempo em que era preciso coragem para desafiar as convenções, mas agora não sobraram convenções para desafiar. Beethoven era famoso por ser descortês de tempos em tempos, mas ele tinha outras alegações à fama. Costumava haver uma arte do insulto elegante. Lady Astor ganhou reputação por ter dito a Winston Churchill: “Se você fosse meu marido, eu envenenaria seu café.” E Churchill respondeu: “Se você fosse minha mulher, eu o beberia com prazer.” Os insultos atuais, porém, estão mais perto da grosseria que da inteligência. As crianças adoram chocar e ser chocadas, mas não somos uma sociedade de crianças.

Em resumo, ser rude é ser grosseiro. Não há nada a dizer em sua defesa. É uma forma de ataque verbal, de depreciar, uma humilhação deliberada do outro. Por que tem aumentado. A melhor resposta foi dada pelo filósofo Alasdair MacIntyre. Houve uma época, diz ele, em que partilhávamos uma linguagem moral. Acreditávamos em certo e errado objetivos. Quando se chegava a um desacordo, as pessoas sabiam que tinham de argumentar em causa própria. Hoje acreditamos (erradamente) que a moralidade é subjetiva, qualquer que seja a que escolhemos. Ocorre então que não há argumento além da mera afirmação da própria opinião. A voz mais alta, mais aguda e mais rude sai ganhando.

É por isso que a civilização ainda importa. Aquelas virtudes há muito esquecidas – gentileza, cortesia, tato, contenção, e disposição para ouvir outro ponto de vista – significam que aqueles que as praticam levam as outras pessoas a sério. Não infligem sofrimento propositadamente. Acreditam que a verdade é mais importante que vencer um debate; que a sensibilidade aos sentimentos dos outros não é fraqueza, mas força. Por mais estranho que pareça, são os entrevistadores mais gentis, não os agressivos, que conseguem as respostas mais reveladoras. O talento vence as partidas, não a força bruta. Dar ao interlocutor uma atenção e ouvi-lo com justiça é a única maneira de vencer uma discussão e manter um amigo.

“Um tolo”, diz o Livro de Provérbios, “adora exibir as próprias opiniões.” Em contraste, “A língua que traz cura é uma árvore da vida.” Ou para citar o filósofo francês André Comte-Sponville, “Boas maneiras precedem e preparam o caminho para as boas ações. A moralidade é como a educação da alma, uma etiqueta da vida interior.” Somente aqueles que são pequenos fazem outros se sentir pequenos. A educação é o reconhecimento de que somos tão grandes quanto permitimos que outras pessoas o sejam.

FONTE: www.chabad.org.br