POR QUE NÃO HÁ UMA FESTA ANIMADA EM ROSH HASHANÁ? | ||
Por Tzvi Freeman | ||
Pergunta: Todos se divertem muito celebrando o ano novo. Por que levamos o nosso tão a sério? Para que falar em julgamento? Por que todas as preces? Não podemos apenas festejar? Resposta: Se você conhecesse o drama que está se desenrolando, cairia fora da melhor festa para estar lá. Imagine o universo inteiro em rebuliço. Imagine um mega ímpeto de energia criativa, suficiente para abastecer a realidade inteira pelo ano todo. Imagine um sistema carregando parâmetros para toda galáxia, planeta, organismo, célula, proteína, molécula e átomo num período de 48 horas... e você estará começando a entender. E você? Estará se ajustando a isso, passo a passo. Veja, o tempo não passa suavemente. Não é como um regato constante, como uma fileira de carros arrumadinhos um atrás do outro. É mais como um pulsar, com cada momento cuidadosa e deliberadamente articulado através de uma alma cósmica que potencializa toda a vida e a existência. Todo ano, aquele pacote de energia volta ao seu estado primitivo do zero. A partir deste ponto a noite de Rosh Hashaná o universo está efetivamente respirando com ajuda de aparelhos. Recebe apenas o líquido que precisa para que não volte totalmente ao nada. Quando o shofar é tocado no dia seguinte, uma nova vitalidade de ordem mais elevada que a anterior entra no tempo e no espaço. Agora veja isto: o tempo também é uma criação. Portanto o tempo também é renovado. O passado agora existe como consequência do presente como se você tivesse parado no meio do vídeo que estava assistindo e agora continuasse de onde parou. Pelo que você sabem o velho passado pode ter sido um passado muito diferente. Mas você não poderia saber. Tudo que sabe é que este passado foi carregado na fita. E como essa força vital é uma nova força num nível qualitativamente diferente que qualquer outra anterior, este novo passado é realmente novo. Por que o julgamento? Bem, você não pode simplesmente alimentar o sistema com qualquer coisa. A fonte de energia que estamos discutindo é ilimitada, mas o sistema alvo nossa realidade tem parâmetros discretos. Recarregar sem levar aqueles parâmetros em consideração seria como ligar o seu laptop diretamente na corrente de 22,5 megawatts no prédio da fábrica sobre o Rio Yangtze. E infinitamente pior. Então vai haver um balanço. Como o seu laptop, os parâmetros do universo físico são colocados no nível inicial. Neste caso isso significa conscientização humana. No que diz respeito só Criador, Seu universo inteiro nada mais é que uma observação humana. Tudo que Ele precisa fazer então, é olhar dentro do estado daquela conscientcia e ajustar o fluxo da corrente de acordo. Isso é poderoso. Porque você vê que aqueles parâmetros de consciência humana não são determinados pelo sistema. São determinados por nós. Se os abrirmos, eles contêm mais e mais é dado. Ajuste-os então e os conduítes da vida se ajustam junto com eles. Agora vem a informação vital: o que é amplo e o que é apertado? Isso é um tanto contra-intuitivo. Nas palavras do deão da Academia Celestial (citado no Zohar, um manual codificado para manutenção do sistema), “O grande é pequeno e o pequeno é grande.” Descodificado: Torne-se grande e não poderá conter nada, torne-se pequeno e poderá conter o ilimitado. É isso que estamos fazendo em Rosh Hashaná. Tornando-nos muito pequenos. Expandindo nossas pequenas mentes até um estado de percepção de que, olhe só, existe algo maior que eu e não apenas elefantes.E talvez até, ei, eu não fiz este lugar. Nem sequer saberia onde começar. É totalmente não-programável, não-decodificável e incompreensível. E aqui estou eu, apenas outro artefato do sistema observando a si mesmo de dentro dele. Eu poderia ser reescrito ou até deletado totalmente do código a um capricho de Quem Quer Que Esteja Dirigindo Isto. E agora que Quem Quer Que Seja está me pedindo para discutir com Ele os planos para o próximo carregamento. Num estado de profunda reverência e assombro, o Relançamento encontra seu solo mais fértil.Fonte: www.chabad.org.br |
Nossa visão de Yeshua não é a mesma da igreja romana, mas sim de um JUDEU que cumpria a TORAH e NUNCA anulou a LEI, pois ele mesmo disse: "Não vim abolir a LEI, mas vim para que se cumpra" - Mateus 5:17 a 19. Cremos que o ETERNO é UM e tem um filho, Yeshua, por quem vem a nossa salvação!
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
ANO NOVO JUDAICO - 5772
domingo, 25 de setembro de 2011
QUANDO AS PESSOAS PERDEM A FÉ
Quando as pessoas perdem a fé | ||||||||||||
Rabino Chefe da Inglaterra, Professor Jonathan Sacks | ||||||||||||
É definitivamente estranho. Quanto mais altas as conquistas científicas humanas, mais baixo cai a autoestima humana. Posso encontrar apenas uma explicação. Quando as pessoas perdem a fé em D'us, perdem a fé na humanidade também. Considere os últimos cinco séculos. Primeiro vieram Copérnico, Kepler e Galileu, e nos ensinaram que a terra, nossa habitação, não está no centro do universo. Não é sequer o centro do sistema solar. Então ficou ainda pior. O sistema solar é apenas uma minúscula parte de uma galáxia com talvez cem bilhões de estrelas. A galáxia é somente uma parte pequena do universo, com cem milhões de outras galáxias. O planeta que certa vez consideramos tão vasto é um mero grão de poeira na superfície do infinito. Então veio Spinoza e nos disse que o livre arbítrio é uma ilusão. Somos fisicos. Todas as coisas fisicas estão sujeitas a causas naturais. A conexão ente causa e efeito é necessária. Portanto não há liberdade, exceto a consciência da necessidade. Então veio Marx e nos disse que a mais sagrada das atividades humanas, a religião, foi um instrumento planejado pelos ricos para manter os pobres em seu lugar, dizendo-lhes que seu sofrimento é a vontade de D'us. Então veio Darwin e disse que não há nada diferente em ser humano, afinal. Não somos a imagem de D'us. Somos primos próximos dos macacos. Daí veio Freud e disse que nossos instintos mais elevados são na verdade os mais baixos. Há muito tempo os filhos da tribo se juntaram para matar seu pai, o macho alfa, para poderem tomar seu lugar. Por fim eles foram assombrados pela culpa – ele chamou isso de retorno dos reprimidos – e é isso que é a religião. Ele a chamou de neurose obsessiva da humanidade. Veio então os neo-darwinianos do nosso tempo para nos dizer que somos genes egoístas e tudo aquilo que parece idealismo, virtude e nobreza de caráter está na verdade apenas a um gene de distância de reproduzir-se na próxima geração. “Arranhe um altruísta”, disse Michael Ghiselin, “e veja um hipócrita sangrar.” Nossa própria existência, dizem eles, é um mero acidente. Nossa evolucão foi ao acaso. A natureza que nos originou é cega. Se tivéssemos de voltar no tempo e reviver o processo evolutivo não há garantia, nem sequer uma probabilidade, de que o Homo sapiens fosse emergir. Tudo isso estava sendo dito e pensado enquanto os seres humanos estavam realizando aquilo que nenhuma outra forma de vida jamais realizou, o que nenhuma geração anterior de seres humanos sequer pensou ser possível. Portanto, quanto mais elevada é a nossa conquista científica, mais baixa é a nossa auto-avaliação. Agimos como anjos; nos vemos como vermes. Às vezes você tem de ser muito inteligente de fato para acreditar numa proposição tão tola. Sim, somos parte da natureza, mas também temos cultura. Sim, nossas ações têm causas, mas também têm propósitos, aqueles que imaginamos livremente e escolhemos livremente fazer acontecer. Sim, a religião nos consola pelo nosso destino, mas também nos impele a acreditar que com a ajuda de D'us podemos mudá-lo. Daí os cristãos, judeus e outros que lutaram para abolir a escravidão naquela época, a pobreza global atualmente. Sim, somos parte da família darwiniana da vida. Assim disse Cohêlet: “Um homem não tinha preeminência sobre um animal; pois tudo é vaidade.” Podemos todos nos sentir assim numa tarde chuvosa de quinta-feira. Porém um estado de espírito não é uma verdade. Nenhum animal pintou uma caverna equivalente ao teto da Capela Sistina. Nenhum animal disse: “Ser ou não ser.” Nenhum animal filosofou dizendo que ele ou ela poderia ser mais que um humano peludo. Nenhum animal jamais foi ateu, pelo que eu saiba. Podemos compartilhar muitos dos nossos genes com os primatas, como fazemos com as moscas das frutas e com o fermento, mas ainda não consigo ver a semelhança familiar. Chego à conclusão oposta. Enquanto os judeus se preparam para Yom Kipur, o mais sagrado dos dias, quando ficamos perante D'us em julgamento e pedimos perdão a Ele, eu sei que podemos fazer o que nenhuma outra forma de vida pode. Podemos dizer: “Eu errei.” Tudo que vive, age. Somente nós podemos expressar remorso pelos nossos atos. Somente nós podemos tomar a resolução de mudar. Somos pequenos, mas somos capazes de grandeza, egoístas mas muitas vezes altruístas, pó da terra mas também a imagem de D'us. Quando eu tenho fé em D'us descubro que recupero também a minha fé na humanidade. Fonte: www.chabad.org.br |
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